Se cada povo tem o governo que merece o Futsal local também tem seu merecimento nesta situação, graças ao silêncio, alienação e subserviência de todos !!!! No dia que eu não puder escrever o que penso e o que vejo prefiro não colaborar mais com este e com qualquer instrumento de comunicação pois JAMAIS serei vencido pela alienação e conveniência, jamais!!! Futsal com Dirigentes AMADORES, com raras exceções para aqueles que brigam nos Conselhos Arbitrais pelos Seus direitos, Crateús e Horizonte com destaque e meu amigo Sérgio o Serjão.
FUTSAL: VIOLÊNCIA PARALISA PARTIDA
Aconteceu na tarde do último sábado, no Ginásio Paulo Sarasate que, pelo menos na teoria, é o maior e mais seguro da capital. Jogavam Fortaleza e Quixeramobim pelo complemento da primeira rodada do Certame Estadual. Dentro de quadra, tudo normal, com gols de Wendel e João César o tricolor terminou o primeiro tempo vencendo por 2x0 mas fora da quadra...
Um adolescente identificado depois como sendo da cidade de Quixeramobim e de nome Caio envolveu-se em uma confusão com membros de Torcidas Organizadas do Fortaleza o que iniciou uma perseguição ao mesmo fazendo com que ele se jogasse do segundo andar do ginásio. Mais uma vez sem ambulância no ginásio, fato comum no dito "maior campeonato estadual do País" segundo a Federação Cearense, o jovem passou cerca de 40 minutos aguardando atendimento médico, pois nem as equipes levam médicos para suas partidas e nem a Federação também possui. Pior ainda, apenas seis policiais tentavam conter uma multidão enfurecida enquanto outros torcedores, inocentes, se refugiavam, dentro da quadra de jogo. Atos irracionais e que colocaram em risco inocentes como crianças, senhoras, enfim, todos os demais presentes.
A partida teve apenas o primeiro tempo e deverá ter apenas a realização do segundo tempo, mantendo o placar de momento.
O presidente da Federação Cearense de Futsal, Sílvio Carlos Vieira Lima defende-se afirmando que tem todos os ofícios em mãos de que solicitou policiamento para um público estimado de 1.000 pessoas e ambulância mas que não foi atendido, mais uma vez. Ainda no sábado a noite o Relações Públicas da Polícia Militar comunicou à TV Diário, em um seus telejornais, que existia número de policiais suficientes para o público presente e que será reforçado o efetivo para as próximas partidas.
Bem, este fato não é novidade e este ano uma partida já havia sido paralisada por falta de segurança e ameaça de invasão de quadra por parte da torcida. Aconteceu entre Sumov x Nordeste, no Ginásio Aécio de Borba em partida válida pela Copa Metropolitana.A partida foi realizada em outra data, de "portões fechados" mas, continuaram os jogos a serem realizados sem a presença ou, com poucos, policiais. Se não é culpa da Federação, tão pouco da Polícia, a quem pedirmos explicações ? Como árbitros tão experientes como o de sábado, Marco Antônio Sampaio, inicia uma partida sem condições de segurança ? Pior, a partida foi transmitida pela Televisão local.
Conforme o Estatuto do Torcedor, é do clube mandante a responsabilidade pela segurança e por este motivo deve o Fortaleza ser punido com a perda de mandos de quadra. Mas, também segundo o mesmo código, a responsabilidade pela segurança do espetáculo também é da Federação e dos orgãos públicos, portanto, todos tem sua parcela de culpa neste lamentável episósio.
Acompanho de perto as partidas de Futsal, há bastante tempo, e nunca meus olhos presenciaram, em partidas da capital a qual estive presente, a presença sequer de uma ambulância para atendimento de primeiros socorros e mais, é um campeonato com cobranças de taxas dos clubes e propalado como o "maior estadual do País", mas que na verdade não faz jus a este título tão pomposo, pois continua pobre em logística, estrutura e até mesmo em organização.
Foi bonito ver o Ginásio Paulo Sarasate com um bom público presente, proporcionado pela Torcida do Fortaleza em sua imensa maioria, e exluindo os desordeiros, esta não pode ser culpada com citou um dos dirigentes da Federação. Afinal, se não há condições de trazer grandes públicos para uma praça esportiva que nos recolhamos a ginásios vazios, sem público e sem divulgação.
Por Ricardo Matos
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